Blog destinado a fazer críticas de albuns recém lançados e de clássicos recomendados também. As notas serão avaliadas de 0 a 7. Sendo de 0 a 3 RUIM, de 4 a 6 BOM e 7 EXCELENTE. Lembrando que uma crítica nada mais é do que uma opinião pessoal formada através de uma bagagem cultural e conhecimento de vida. Não é necessário ataque de fanatismo, encarem apenas como um ponto de vista diferente do seu e, claro, comentem deixando sua opinião. Deixem a música falar mais alto...

sábado, 7 de junho de 2008

MTV Acústico - Lobão [2007]


Depois de tempos afastado dos palcos e três álbuns independentes e numerados, por preços mais baixos, vendidos em bancas de jornal. o “eterno Lobo Mau” do Rock Brasileiro marca sua volta em versão desplugada.

Produzido por Carlos Eduardo Miranda (jurado do ex-programa Ídolos do SBT) e de pazes feitas com o mercado, o velho Lobo volta às rádios e mostra porque continua mais forte do que nunca.

Polêmico, contestador com certeza a MTV não pegou um artista fácil para produzir seu acústico, colocar arranjos tão bons ou melhores do que nas versões plugadas e ainda manter a essência do artista dando um toque de modernidade, foram os desafios encontrados pela emissora.

Em 18 faixas o álbum traz canções oitentistas como Me Chama e Corações Psicodélicos e Blá Blá Blá Eu Te Amo além hits da fase independente. Este é o primeiro álbum de Lobão depois de assinar seu contrato com a BMG . O CD ainda conta com a Cachorro Grande na faixa “A gente ainda vai se amar” que conta com um arranjo primoroso. O disco ainda conta com a inédita “O Mistério”, composta em parceria com Lulu Santos.

Fugindo dos clichês que os acústicos sempre apresentam dessa vez não houve uma orquestra no palco, e nem muito menos uma “pseudo maquiagem” em sucessos antigos. A escolha dos instrumentos foi algo de extremo bom gosto e leveza: violões de doze cordas, bandolins, órgãos, piano, violões de doze cordas, bandolins, contrastando com o vocal forte e agressivo de Lobão.

Provando que um bom álbum se faz com boa equipe, entrosamento, talento e, é claro, personalidade. Acústico MTV Lobão é um dos melhores trabalhos já realizados pela emissora .

Nota 7

por Priscilla Miceli (Colaboradora)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pretty. Odd – Panic! At the Disco [2008]


Ouvir o novo álbum do Panic! é, sem dúvida, uma adorável surpresa. Depois de conferirmos o amadurecimento do My Chemical Romance no segundo disco, agora é a vez do Panic! mostrar que pode ir adiante. Muito mais que o MCR, diga-se de passagem.

“Pretty. Odd” mais parece uma trilha sonora de algum bom filme do que qualquer outra coisa. Lógico que as comparações ao grupo lendário “Beatles” são válidas, mas não achei que ficou uma cópia descarada, acho que eles tiveram sim influência dos britânicos, mas só.

Logo na primeira faixa “We´re So Starving” já nos contagiamos com uma energia agradável. O resto do álbum também não deixa a desejar, como em “Pas The Cheval” (que parece ter sido gravada em outra década). Não posso deixar de falar do carro-chefe “Nine in the Afternoon”, que resultou em um dos melhores vídeos de rock do ano, e no novo single “That Green Gentleman”, que não é a música mais pop do disco, o que prova que a banda já não está tão preocupada em fazer sucesso a qualquer custo e sim mostrar seu trabalho de forma séria.

Rock britânico (digo Beatles, não Oasis ou Coldplay), pegada country, pop e influências folk é o que lhe espera nesse álbum que, sem dúvidas, já é um dos melhores de 2008. Claro que vai ter um bando de críticos dizendo que eles são emos e por isso não podem ser bons. Eu discordo. Enjoy “Pretty. Odd”.

Nota 6,5

por Paulo Mendonça

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Kylie Minoque - "X" [2008]


"X" é mais do que um CD, uma verdadeira celebração aos fãs da australiana Kylie Minoque, décimo disco de sua carreira e primeiro depois de se curar de um câncer de mama, nele podemos ouvir a mesma Kylie de sempre: muitas curvas, energia e principalmente um verdadeiro antídoto contra tristeza regado a muito pop, dance e eletrônica tendo ainda como desafio ser lançado quase junto de Hard Candy de Madonna.

Como não poderia deixar de fora, o CD trás muito pop, dance e eletrônica principalmente na faixa “Excuse my French”. Em two hearts (a minha favorita) é daquele tipo de musica para se cantarolar a vontade se arrumando para a balada no final de semana, e finalmente quando a noite chega em “In my arms e Wow são as pedidas para a pista.

Em “All I see” o vocal REB não convence muito, mas convenhamos que sempre vale uma tentativa.

A única balada fica por conta de No More Rain, que não trás uma grande letra, nem é um desabafo, se trata mais de um agradecimento ao apoio e carinho dos fãs e uma celebração aos bons tempos de virão.

Com arranjos bem feitos , carisma e milhares de fãs X não tinha como dar errado ,tanto é que ele esta indicado como melhor álbum internacional pelo Brit Awards 2008 .

Mas com certeza a melhor parte vai ficar por conta das apresentações ao vivo na nova Turnê, que teve inicio semana passada na França, em se tratando de Kylie seus shows tem sempre uma belíssima produção quase aos pés de Madonna e Mariah Carey e um figurino sempre escolhido a dedo, dessa vez o escolhido foi estilista Jean Paul Gaultier.

Nota 4,5

por Priscilla Miceli (Colaboradora)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

"Warpaint" - The Black Crowes [2008]


Após sete anos de hiatus, The Black Crowes está de volta e lança "Warpaint". O sucessor de Lion mostra que a parceira dos irmãos Robinson - Chris e Rich - nunca esteve tão afinada como agora. Depois de brigas, carreiras solos e mais brigas... os corvos negros voltam em total sintonia, não parece que a banda conta com dois novos integrantes e que ficou parada por todo esse tempo.

Warpaint soa bem diferente dos discos do começo da carreira. Cheio de wah-wahs, slides, pianos, improvisos e jams o disco remete o disco revive um clima southern rock/blues. A banda de Atlanta abre o disco com o primeiro single tirado desse álbum "Goodbye Brothers of Revolution" - música que, particularmente, me lembra muito a clássica "High Head Blues - e segue com o blues marcante de "Walk Belevier Walk", música que soa como Led Zeppelin. Outros destaques do disco ficam com a versão para "God's Got it", música do reverendo Charles Jackson, "Oh Josephine" que segundo o vocalista Chris Robinson é a melhor música já feita por ele e seu irmão, "Evergreen" música com um ótimo riff, refrão que cola e carregada de saturação nas guitarras e "Whoa Mule" balada viajandona que encerra a obra.

Para os fãs e admiradores da banda é um ótimo recomeço depois de tempos de turbulência, mas ainda, na minha opinião é claro, ficou faltando "a" cereja pra ser o grande disco dos Crowes. Falando em turbulências, é melhor torcerem para que os caras resolvam dar uma passada aqui no Brasil o mais rápido possível, já que recentemente o guitarra Rich Robinson disse em uma entrevista que na fala com seu irmão "fora da música".
Nota 6
por Wellington Alexandre

sábado, 26 de abril de 2008

"Hard Candy" - Madonna [2008]


A rainha do pop está de volta! E? Qual a novidade? Madonna não é o tipo de cantora que costuma deixar seus fãs esperando um novo disco por muito tempo. Vamos recapitular os últimos passos da cantora que, na minha opinião, começou sua carreira nos anos 90 após o nascimento de sua primeira filha Lourdes Maria.

Tudo bem, não vou ser tão radical. Madonna tem duas fases na sua carreira: a ruim e a boa. A ruim é logo no começo da carreira nos anos 80, quando ela fazia um linha “putona” e só queria saber de causar polêmica com musicas que abordavam virgindade, materialismo, igreja e gravidez na adolescência. Mas até que nesse meio tempo ela nos presenteou com boas músicas como “Like a Prayer” e “Vogue”. Depois sim vem a boa fase da cantora, em meados dos anos 90, quando ela passa a ter uma postura mais séria (como no filme “Evita”). Logo veio a Cabala, o casamento com o diretor Guy Ritchie e os filhos, que não se resumem apenas em Lourdes Maria e Rocco, Madonna “deu a luz” a grandes clássicos também, como “Ray Of Light”, “Frozen” e “The Power of Goodbye” (1998), “Don’t Tell Me” e “Music” (2000), “Hollywood” (2003) e “Hung Up” (2005).

Agora, depois de grandes sucessos, como os acima citados, o que esperar de uma cantora que já fez de tudo um pouco? “Hard Candy” com certeza não é a resposta certa. Realmente “4 minutes” é uma ótima gravação (também com Timbaland e Justin Timberlake não poderia ser diferente), mas dizer que o novo álbum de Madonna é “inovador” ou “o melhor da carreira” é um exagero a parte. A rainha do pop faz o que já fez em outros trabalhos, uma espécie de pop urbano. A diferença é que desta vez ela aderiu as batidas de hip hop. Desse disco podemos esperar bons singles, como “Candy Shop”, “The Beat Goes On” e “Give it 2 Me”. Mas só. “Incredible” e “Dance Tonight” são boas (parece até que saíram de algum álbum do Portishead), mas não soam tão radiofônicas para tocarem nas rádios. Outras como “Heartbeat” e “Spanish Lesson” quase não possuem vocais da cantora. A capa achei sem muita criatividade, esperava mais. Em compensação o vídeo de “4 minutes” é excelente. Enfim, “Hard Candy” não será o seu disco favorito, mas não custa ouvi-lo. Quem nasce Madonna nunca perde a majestade.

Nota 5

Por Paulo Mendonça